Vivemos a era do colonialismo social barato, materializamos a era da estética imagética legendada nas fotografias expostas nos sites de relacionamento, vendemos a imagem há muito tempo, mas hoje manipulamos e poetizamos as informações, ninguém morre, vai-se para outro plano espiritual, ninguém é assaltado, tenta-se, e inventa-se, ninguém joga murro, dialogam conflitos, e perdoa-se, fácil, fácil. Acredito que o mundo precisa ser poético, mas ainda opto pela veracidade jornalística ética dos fatos, isso, perdeu-se, já foi, e se foi. Mas... é torcer para ser sempre um sociável, e então, você está livre de todos os seus dilemas! Foi-se embora a educação, o requinte, basta apresentar-se bonito na fotografia, e pouco importa depois o que acontece, mas não sem antes adicionar uma pitadinha de cinismo barato, agora está pronta a receita, leve ao forno bem aquecido, depois não esqueça de rasgar as páginas amarelas do livro antigo de receitas da família tradicional, e de preferência ponha a sujeira para bem debaixo do tapete.
Arlindo Bezerra da Silva Junior
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