segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quem precisa de datas...


Para que inventaram o dia do amigo... Pura hipocrisia de demarcar, homenagear e congratular tamanha transcendência. Mas como nascem as grandes amizades? Ao certo somos predestinados a cruzar com tais pessoas que lançamos nossos olhares e de repente tornamos único? Em tempos atuais conseguimos acreditar em verdadeiras amizades? Posso ter certeza que sim. Sem tal sentimento já teríamos nos esfarelados no tempo, voltaríamos a ser pó como voltaremos um dia, mas sem amigos perdemos a essência e mergulhamos no vazio da existência. Penso nos meus amigos e me questiono se pudesse voltar no tempo ainda gostaria de conhecê-los, e neste jogo de perguntas e respostas, impulsivamente, respondo que não mudaria nada, daria as mesmas risadas, choraria pelo mesmo abandono, brigaria pelos mesmos motivos e comemoraria as mesmas vitórias. Amigo é muito mais que palavras, ultrapassa as homenagens recheadas de clichês e frases compradas, amigo é pele, é olhar, é força, é sorriso. E reverbera o questionamento - Como nascem as grandes amizades? A resposta ficará para o próximo dia do amigo...
Guardei a foto preto e branco na velha caixa de sapatos, e tentei vencer a insônia. E quem precisa de datas se a cada minuto tudo se renova?





Arlindo Bezerra da Silva Junior

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